domingo transfamiliar. contatos com os de lá e de acolá, sempre separados por um mar. é favorável cruzar o grade rio. cruzaremos só o pequeno, para virar o ano em terra estrangeira. até lá, as festas daqui seguem dando o tom.
na madrugada de hoje, o tom foi dado por dois tambores e um grupo nada uniforme de "imigrantes". ismael e abrahan tocavam com batida marroquina, ibrahr cantava em urdu e sorria em panjabi -ou vice-versa- e todos os demais dançávamos, cada um à sua maneira: burkina faso, brasil, frança, espanha, méxico, e os catalães que se uniram para a útlima farra no último metrô da noite, que chegou a tempo de nos carregar a nossos destinos, embalados pela última garrafa de xibeca que raquel trouxe de casa.
o almoço foi entre muitas mulheres, e terminou numa dança circular estimulada pelo mescal com laranja e sal. rituais aprendidos. jantamos étnico, com mel e paulinho, que acaba de chegar. daqui a pouco toca a campainha. e a louça do almoço continua na pia.