na frança, o não ainda pode ser evitado. a margem é mínima, e a esquerda parlamentária está pelo sim. ou seja, ainda é cedo. a ver que pautas entram em jogo até o referendum, marcado para daqui a dois meses.
nos estados unidos, o levantamento the state of the news media declara o que já se sabe sobre os meios norteamericanos - conclusão que se aplica, certamente a mais de meio mundo: Somehow journalism needs to prove that it is acting on behalf of the public, if it is to save itself.
os blogs aparecem como o grande vilão, um modelo a ser evitado pelo jornalismo sério. os argumentos se baseiam, inclusive, na credibilidade da checagem e da opinião - coisa bem americana, que no fundo sempre ajudou a reforçar o mito de neutralidade e objetividade jornalística. ainda mais agora: Since citizens have a deeper range of information at their fingertips, the level of proof in the press must rise accordingly. mais do que justo, eu diria.
no entanto, nas cinco tendências do informe a responsablidade recai sobre os blogs: The blogosphere, while adding the richness of citizen voices, expands this culture of assertion exponentially, and brings to it an affirmative philosophy: publish anything, especially points of view, and the reporting and verification will occur afterward in the response of fellow bloggers. mais adiante, quando os interesses corporativos dos meios aparecem ameaçados, a problema de fundo fica evidente: The problem is that the traditional media are leaving it to technology companies - like Google - and to individuals and entrepreneurs - like bloggers - to explore and innovate on the Internet. The risk is that traditional journalism will cede to such competitors both the new technology and the audience that is building there. For now, traditional media brands still control most of where audiences go online for news, but that is already beginning to change. In 2004, Google News emerged as a major new player in online news, and the audience for bloggers grew by 58% in six months, to 32 million people.
o problema, digo yo, é como fazer um jornalismo responsável, em donde sea, e especialmente quando os meios estão concentrados e controlados por interesses que não são nada de interesse público. e nesse caminho, os blogs são uma pista. pelo menos, estão estimulando que se repense o modelo de jornalismo que somos obrigados a consumir - porque não há outro. em países como o irã, em que o povo vive em uma censura informativa - ou pelo menos, é essa a informação que temos -, os blogs funcionam como uma via para a liberdade de expressão, que me parece sempre mais confiável que a informação controlada por um estado que a reprime.