estou seguindo o forum social de caracas pelo rizoma. o que mais me alegra é ver que não está saindo quase nada nos meios (pelo menos daqui), mientras davos tem tido alguma repercussão. e me alegra porque me dá a sensação de que o fórum, com essa idéia de "policentrarse", está contribuindo para a evolução do que se poderia chamar uma nova forma de comunicar e informar. a pena, claro, é que o acesso a essa informação ainda é limitado, de muitas maneiras. é todo um tema, esse. mas ainda assim prefiro isso a continuar vivendo a ilusão de uma "comunicação de massas" que contribui para a desinformação. melhor a contra-informação, ai que si?
dos relatos que chegam à lista, esse do menino tiago novaes me faz acreditar que estamos vivendo um preâmbulo do que podem vir a ser os meios, e desmistifica, em parte o discurso sobre os chamados "excluidos digitais":
Dividimos nosso tempo entre a apresentacão dos Pontos de Cultura no Espaco Brasil, a producão de um documentário fragmentado em vários curtinhas temáticos, e o papo amigo e ativista com os Trolls e demais curiosos que passam na tenda montada pela SAPI na praca dos museus, caminho para o acampamento. Hoje pela manhã eu e Asa apresentamos o projeto de Cultura Digital do MinC e os Pontos de Cultura, e tivemos a grata surpresa de contar com um público bastante interessado, incluindo Richard Stallman, resfriado e mal humorado. A tarde, Juba e Valentina, da Itália, ministraram uma oficina de streaming de vídeo e, ao que parece, funcionou! Complementando, vários vídeos do Nós do Morro e algumas produções do cultura digital serão transmitidas via satélite disponibilizado pelo governo venezuelano, somados aos conteúdos copyleft produzidos por dezenas de personas que ocupam conosco a sala do forum de tvs.
em outro e-mail, tiago também comentava, surpreso, que "nós somos os meios aqui". e o tema da violencia, que em outros momentos do forum era tratado pela mídia como um problema dos ativistas, dessa vez, tomando o relato do tiago como base, poderia aparecer associado ao contexto sócio-económico latinoamericano:
O centro é bem perigoso e violento, mesmo para alguém criado no Rio, ou habituado ao Vidigal. Casos de assalto e tentativas de são frequentes e já nos forcam a andar em bandos, especialmente rumo à diversão noturna.