cristopher me contava ontem coisas da sua vida que eram bastante parecidas à minha. como somos previsíveis, pensava enquanto ele preparava um chá de frutas secas trazido de istambul. imprevisíveis são sempre as situações: nós não. o vermelho do chá era mais intenso que o do vinho que tínhamos acabado de terminar, um vinho catalão nada recomendável. e estávamos os ali, americanos de dois extremos do continente e experimentando quase as mesmas fases em terra estrangeira. na volta pra sala outra conversa fluia como se nada.
mas eu não sou daqui, canta um caetano quase em desespero e em modo ciranda-repeat. a sensação de cadê meu sol dourado e cadê as coisas do meu país é dessas que vão e voltam vão e voltam. e eu só suporto ouvir esse caetano quando elas estão pra lá, indo.