me enterei sobre a existência blogday via el forat do sergi, un catalá molt maco que aunque se considere antifeminista, escriu i dibiuxa tires en pixels molt interesants sobre les relacions entre dones i homes i altres cosetas més (ho sento, el meu catalá es fatal!!!).
a idéia básica do blogday é que cada um publique cinco links de outros blogs. não tive muito tempo essa semana de pedir autorização para todos - a única regra do jogo -, e por isso irei fazendo isso poc a poc: tipo, cada vez que publicar um blog novo, colgarei o loguinho do blogday. a ver se funciona...
aos amigos e amigas pendurados aí do lado, farei o que não se deveria, mas que tampouco me sabe mal: vai sem autorização mesmo: jorge, meu cavaleiro amado, que adora escrever sobre a gente e as gentes, e escreve com todo seu coração; consu que desde londres mezcla sua ficção, suas fixações e suas realidades de uma maneira única e por sorte ultimamente tem escrito cada vez mais; o pablito que suele escrever pouco mas vai fundo quando diz alguma coisa; odyr que desde satolep, uma ciudad perdida entre la pampa y el mar, publica seus (sad)comics e obsessões para deleite de um público sempre seleto mas sempre mais amplo (já foi descoberto várias vezes por editores, mas é muito tímido, o moço); o dudu com seus posts rápidos e fotos e cada vez mais multimedia depois que migrou para sampa decidido a fazer o que le gusta; alguns insanus por onde acompanho o que passa em porto alegre e cercanias, uma gente que faz de tudo para ser cáustica, coisa bem típica da cidade; e acho que até aqui já passei dos cinco, e ainda tem mais a anlene, uma amiga que não conheço pessoalmente mas cujos posts me ajudaram, entre outras coisas, conhecer melhor madrid e valorizar a língua bem escrita e bem hablada, mesmo que ela não goste das mezclas como eu:-)
venga, por hoy me quedo con mis lecturas frecuentes. e vou pra cozinha porque ainda sou a única pessoa em vacaciones nesta casa.
o lelei era amigo do meu irmão desde quando eu tinha, a ver, 8 anos? menos? seis? cinco, talvez. o joão tinha dois e depois mais. mas desde então nossas famílias se cruzam por aí: em salto, paranavaí, primavera, depois em algumas férias, e mais recentemente, pero no mucho, quando ia a são paulo fazer teste na folha, pegar visto pros estados unidos, enfim, a trabalho pode-se dizer. nos vimos poucas vezes na condição de amigos de mais ou menos a mesama idade - a partir dos, digamos, 20, quatro anos não são tantos assim:-) acho que nunca perdemos nossas pistas, mesmo que tenhamos vivido longe durante mais tempo do que perto. eis que lelei, agora dr. leo, psiquiatra e músico, escreve esse post e me faz entender melhor o que passa no brasil varonil, desde uma perspectiva contextualizada. a partir da minha realidade, lógico. thanks, dr:-)
a companhia freqüente da semana, a parte de jorge e eu mesma, se despede hoje. via rádio três, sempre às três da tarde, recebemos durante os últimos cinco dias a visita que nos contou a história de frank sinatra.
na semana passada vieram visitar umas cucarachas, con todas las patitas para andar, e um dia até nos expulsaram de casa. tivemos a sensação, cansada, de haver cometido um extermínio, mas um filhote minúsculo apareceu para nos dizer que não será assim tão fácil. pelo menos, nos repetimos convictos, não são ratas. os relatos costumam ser bem mais dramáticos nesses casos.
jules et jim foi revista, sem cortes. é dos filmes com tarja verde na biblioteca.
o vinho de 1,95 foi aprovado. e isso que era merlot - uma crianza de 1995. na verdade, não sei se isso é exatamente bom ou ruim, nem se mais ou menos ou se tanto faz. mas sabe bem, com seus 14% de álcool. sei que merlot e cabernet sauvignon não são uvas potentes em solo español, e com isso quero dizer abaixo dos pirineus, ou seja, o que se conhece por espanha mas é também catalunya, euskera, andorra, cantábria e galícia se consideramos um aspecto do paralelo que não é mais geográfico.
em portbou fomos surpreendidos por um atasco que parecia sem fim. a estrada cheia de curvas não deixava ver que más allá de la siguiente o trânsito fluía. antes fizemos uma parada estratégica, de onde se via a costa brava ao sul e a frança depois da curva da estação de trem, onde está registrado que walter benjamin se matou. sua fuga do nazismo o trouxe a um país franquista, o dá que no mesmo. descobri depois que antes seu refúgio foi ibiza (eivissa), atualmente povoada de dj´s em busca de fama. a obra de arte no tempo da reprotutibilidade técnica e eletrônica.
no meio do atasco, uvas. vinhedos de uvas pequenas e ácidas, que com a pouca chuva estavam agridulces. boníssimas, porque foram únicas. não deixamos jorge e sofia repetirem a façanha em solo francês - até porque as vinhas aí estavam mais alejadas da carretera. no lidl de perpigná buscamos o vinho ideal, da região. na falta dele, tomamos um outro que durou até marciac. em jules et jim, si os acordáis, catherine cita a variedade de uvas que é capaz de produzir o solo francês. seu objetivo não é outro que não o de rechaçar escancaradamente a cerveja austríaca. a cena marca o reencontro de jules, jim e catherine na cabana.
antes que anochezca (julian schnabel) ficou na cena 21. os filmes de biblioteca têm dessas coisas: já descobrimos que não é implicância com a gente. com um casal de amigos vizinhos pensamos em criar um código para evitar que a tecnologia estropeada frustre as buenas películas disponíveis. essa é uma delas. o muso da consu está divino. pouco que ver com o javier bardem que vimos na gran via de madrid, com largas melenas. foi engraçado, o "encontro". primeiro passamos por um sósia. ok, sósia desde o meu ponto de vista, já que jorge me olhou com cara de "como pode vc achar esse cara parecido com o javier bardem"? meia quadra mais abaixo, ele me avisa: aí vem ele, o de verdade.
o cheiro da cozinha preenche a casa. e meu creme de zanahorias está a punto. primeiro e segundo pratos teremos hoje. um de cada cozinheiro da casa:-)
hoje deve ser o dia mais limpo do ano. a chuva anunciada durante toda a semana durou dois dias, com pausas de sol no entremeio, mas foram dois dias de real rain. e hoje o dia estupendamente azul, fresco, limpo.
hope and fears preenche com música fácil o dia ensolarado e fresco. combina também com os dois filmes e a série de ontem, mas não muito com trazo de tiza, a leitura mais linda da semana. mais que nada, pelas imagens de miguelanxo prado, que nesse tebeo tenta uma aproximação com borges.
jorge já anunciou, e eu repito: mais fotos, até a página sete. tudo fora de ordem, pero bueno.
as férias ainda correm soltas. comércios fechados são fichinha para a quantidade de horas de sono que estamos recuperando. ou acumulando, vai saber. mientras tanto, músicas e cheiros enchem a casa. o trabalho é retomado aos poucos, em turnos. na sexta passada era eu, hoje jorge trabalha para quando setembro chegar. ou outubro, vete tu a saber quando se pagan los frilas de agosto.
os dias definitivamente não têm sido de praia. brancos, sempre anunciando uma chuva que não vem. o que importa é que não há dias melhores para estar de férias e em casa.
alfonso fez aniversário na quinta. encheu a casa dos amigos da amiga flor, uma pareja sérvio-croata que está nos balcãs. faltou só o gato. a comida não poderia ter sido melhor, mesmo com todo o calor que agüentamos em meio a tapetes de uma decoração de tienda persa. o maître acaba de se demitir do arola, e preparou com carinho para o amigo de infância recém ubicado nas carrers de barna: ensalada de espinafre com frutas e piñones e depois um rizotto de aspargos e calamares. a terraça com vista para as torres da catedral foi o chillout perfeito por uma meia hora. já eram las 3h quando baixamos as escaleras estreitas.
e minha mãe fez aniversário ontem. linda, me contou o menu da festa na casa da vó: de tarde, torta fria e chá com as amigas. à noite, festa caseira regada a vinho e adornada com pasta italiana e galeto.
jorge me pergunta da cozinha: que podemos fazer para comer? é hora de parar tudo outra vez.
nóis: as primeiras fotos das vacaciones estão no ar. only happy people. jorge avisa que com calma vai subir as paisagens e abstraciones. eu dou o toque por aqui, por si acaso...
cheiro de pizza feita em casa. o catavento roda com quase toda sua força, coisa que há muito tempo eu não via. o ar na rua é fresco, aliviando o calor da manhã. a praia foi dispensada hoje, e nos surpreendemos com o vazio da cidade. tão vazio que encontramos conhecidos por aí (em madrid passou o mesmo numa esquina). na caixa forum passamos das festas da bauhaus aos lindos retratos de rineke dijkstra.
os supermercados e vinhos franceses são imbatíveis. pelo menos em comparação com a espanha. e madriz me pareceu fantástica no verão. o calor de 41 graus é facilmente amenizado nos finais de semana com visitas gratuitas aos museus e passeios no parque, e esse agosto até nos brindou com um dia de chuvas refrescantes. entre san sebastian e bialbao se come muito bem, e as praias têm ondas, coisa que o mediterrâneo ignora. depois de dez dias de vacaciones, está sendo bom voltar pra casa. a biblioteca com seu horário de verão está cheia de dvd´s ainda não vistos.