entre amanha e sábado, estarei de volta ao fututo, e provavelmente debaixo de chuva. vou aproveitar para encher a cara moderadamente e com alguma variedade. a jornada começará com um almoço acompanhado de jamón e vinho espanhol, mas seguramente nao faltarao oportunidades para provar cervejas e chocolates. comemorarei assim o início de um período intensivo de biblioteca e computador, e que começa na semana que vem.
río veneno conta a história de luba, uma das principais personalidades de palomar. é o útlimo tebeo de beto hernández que caiu nas minhas mãos, editado por la cúpula de barcelona em 2005. boa parte da violencia que vivem as comunidades dos pueblos da fronteira do méxico fica mais compreensível, racionalmente falando. emocionalmente, é como ver uma série de documentários com personagens reais. é minha leitura de alterne com 2666, de roberto bolaño, também sobre o mesmo tema.
hoje em algum momento a rádio leva ao ar um especial sobre as atrocidades cometidas este mês em atenco. uma comissão de direitos humanos da união européia chegou à cidade este final de semana. uma das integrantes da comissão é especializada em violencia contra a mulher. já esteve muitas vezes fazendo trabalho de campo em ciudad juárez e outras cidades da fronteira mexicana onde se definiu o termo feminicídio.
Próxima estación: Las fronteras internas sábado 27 de mayo a las 12:00 horas (horario de Barcelona).
El programa de este sábado integra una investigación militante que quiere descubrir a través de los testimonios de las y los migrantes de Barcelona las formas de racismo que desde el Estado (por la ley de extranjería sobre todo) y desde la sociedad (ese racismo que no se nombra pero se vive) se ejerce contra nosotras. Nos puedes escuchar en Radio Paca
o prédio dos correios parece pensado para retumbar. é uma pena que não encontro mais o texto de ibrar sobre a atuação da polícia civil nesse edifício. é um dos lugares onde se buscam imigrantes ilegais a saco.
stephen marshall e josh shore se conheceram na mtv americana e no ano 2000 fundaram a gnn. guerrilla news network é, na definição deles mesmos, uma organização independente de notícias com sede em nova york e berkeley, cuja missão é "expor as pessoas a importantes temas globais por meio de uma cross-plataform guerrilla programing". também integram a frente os multimediaticos ian inaba e anthony lappé. gnn ganhou fama depois da direção do videoclip mosh, de eminem. eu, como não tenho tv, só conheci a gnn agora.
a casa huele a cebola refogada na manteiga e a um pouco de humo. jorge apoia a voll damm e volta a preparar a tortilla. a sopa de calabacín é da noite de ontem. na vitrola, sambaa novo da velha portela. quando eu morrer o mundo pode se acabar, meu coração só palpita por você. ele muda a canção, como dizendo que a palavra saudade já não dá conta.
quando os obstáculos não esgotam o movimento, é aconselhável ter onde ir. se requer espaço para o desenvolvimento, e um objetivo para não se perder. as experiencias diversas se sucedem sem saciedade e sobressai a unidade de caráter.
a Duração (Heng), hexagrama 32 do livro das mutações (I-Ching)
foi uma primeira experiência. viena é uma cidade preciosa, que me pareceu deliciosa nesses cinco dias de forum de radios. fica a vontade de voltar, e que bom se fosse logo, porque a primavera ali, pelo que me contaram, dura pouco.
volto com a voz rouca, alguns arquivos colgados e outros ainda por editar, um par de cedês e o devedê da minha formatura na famecos, regalo da mesma karen de quase 10 anos atrás, que já é outra mas é a mesma amiga de sempre. chego a barcelona com pequenos regalos, quatro garrafas de cervejas de tipos que a lo mejor também encontro na cantina do pepe ao lado de casa mas que me parecem especiais porque compradas no billi do aeroporto depois de um dia de passeios verdes longe e perto do danubio. um domingo cinza, de despedida do sol que elevou os termometros da fronteira oeste da europa ocidental a mais de 22 graus cada dia. as fotos vão ganhando legendas aos poucos, e contam trozitos desses dias de radio e trams e nomes e verbos com tremas e ésses que fiquei com ganas de saber pronunciar. com tanta gente de tantas partes e em tantos idiomas que me peguei aprendendo a falar português outra vez.
como odyr, também acumulo posts na cabeça. e isso nem um portátil foi capaz de solucionar: sempre tenho tanto o que fazer com ele!
hoje a caminho da autònoma fui obrigada a ouvir uma conversa. era um professor norte-americano de topografia que falava alto, bem na minha frente, com outro professor de topografia da uab. fiquei sabendo, por exemplo, que a topografia não é uma matéria obrigatoria no curso de matemática aqui na espanha, mas que o depertamento que coordena os cursos aqui tem muito dinheiro. de sobra para atrair estudantes e professores de outras partes da espanha. e para convidar esse norte-americano de virgina a dar três palestras em um dia. lá nos estados unidos existem 3 centros fortes espaciealizados em topografia. um deles é uma escola de mulheres e todos ficam entre nova york e filadelfia. são centros de pesquisa científica e ensino universitario, contava ele, observando em seguida como são diferentes as dimensões européias comparadas às da américa. aqui, dizia, olhamos em volta e temos tudo ao alcance da vista. lá, mesmo que não saias do estado de virginia sempre se tem a noção da imensidão que é o país. o professor catalão com quem ele falava comparou essa sensação com a que teve quando foi morar em uma universidade que fica a 60 quilômetros de ginebra: para os locais, 60 quilômetros era uma distância que não se podia percorrer em um dia, para ver um seminário, por exemplo.