revista piloto-experimental magazine-revista experimental
tirsdag, maj 31, 2005

canclini se apresentou um pouco crudo. o texto era um borrador e na tentativa de falar de tudo, falou de menos sobre coisas que importavam mais. deixou as melhores perguntas sem resposta. mas ainda assim, suas pistas são guias potentes para entender a cultura contemporanea.

amanhã é a vez de amarela presentar su tesina, que se titula "Medios, identidad y flujos humanos. Consumo mediático de la diáspora pakistaní en Barcelona, la construcción de un modelo de análisis".

e como ninguém disse nada sobre o copo de plástico do vinho que inaugurou o verão (ver foto), digo yo: é uma lástima. o navarra era digno de algum copo de vidro, pelo menos, aunque no fuera una copa. mas botellón que se preza é assim de chinelo.



mandag, maj 30, 2005

a quem interessar:
canclini en directo via web. eu estarei ao vivo, no cccb.



søndag, maj 29, 2005

a consu faz sua leitura quase imparcial do não à constituição dado pela mairoia francesa. eu sou parcial: prefiro o não, ainda que conheça as ressalvas. acredito -no fundo isso é uma questão de fé- que o conhecimento do conteúdos que levou à maioria. posso estar errada, sim. o processo de bologna tá aí pra provar que a homogeinização encontra vias menos polêmicas. mas cabe ver o que significa a unificação política européia, que mais cedo ou mais tarde virá. ojalá traga outros termos, que não deixem espaço para leis de imigração como a espannhola.





thelonious monk ressoa mientras a roupa se remexe na máquina. somos vento: a manhã passou na beira do mar, a tarde ainda voa. vinho de ontem, grappa de hoje. um café vem bem.






Naughty, naughty, naughty, you filthy old soomakaPosted by Hello






basic equipage Posted by Hello






temporada aberta:-) Posted by Hello



fredag, maj 27, 2005

no genderIt fico sabendo que semana que vem começa em porto alegre o 6º fórum internacional software livre, que poderá ser acompanhado por aqui.





blog flamenquillo

meu mono televisivo foi aplacado ontem com uma seção de cortocircüito.

trans acciones, direto do estrecho de gibraltar.

la contra tem sido generosa como fonte de inspiração para o meu lado new age. depois do físico nobel, do psiquiatra e do ex-guarda-noturno com qi excepcional, chegou a vez de deepak chopra deixar seu recado:

"Bah, la felicidad paraliza. Mejor un poco de descontento, que te mueve a ser creativo. Perseguir la felicidad es un error: el secreto de la felicidad reside en dejar de buscarla."



torsdag, maj 26, 2005

pela comunidade de bloqueiros de barcelona no orkut (vaya falta do que fazer, ya lo sé), cheguei ao blog do sergi, que além de divertido - vide as tiras sobre dones em pixels - me levou ao barcelona skyline.





os transgênicos são o lado negro da força em store wars. o filme foi concebido e executado pela freerange, uma agência que só atende clientes "do bem". se é que os democratas norteamericanos podem ser classificados aí. uma gentileza do meu cavaleiro, que trouxe o assunto ao nosso café da manhã.



onsdag, maj 25, 2005

fer em catalão é verbo: fazer.

minha cadeira nova balança, sobre e desce e corre para todos os lados. às vezes eu quase caio.

amanhã começo a ocupar um novo espaço. o trabalho continua o mesmo, mas em vez de estar de costas para a porta e para o chefe, estarei numa sala só pra mim. e sem o chefe.



mandag, maj 23, 2005

la vi' compa': vaya colocón que tengo.
¿mandi?
la virgen, compadre: vaya colocón que tengo.

suzi e nuria compartem origens del su', aunque nuria seja filha de mãe uruguaya, com avó cubana. impregnaram, no bom sentido, o final de semana com su' históia' conta' po' la mita'. em todas, muitos motivos para rir, a empezar por el acento, mas os chupitos de mezcal de maguey, laranja e sal de gusano já faziam efeito e a memória ahorita mismo me falha. ivan e ivone prepararam até prato típico da casa dele na casa do italiano, com quem no dia seguinte nos encontramos no restaurante de domingo.

nos acompanharam xibecas e estrellas, e música mexicana, dos corridos ao electro de tijuana, cruzando as fronteiras com o reaggaton de puerto rico e o electro do canadá. pese a todo, todos nos comportamos bem.



torsdag, maj 19, 2005

hoje taize apresenta seu disco na radio paca. cantando, por supuesto, no mujer con h. a partir das 19h, cinco horas menos no brasil.



fredag, maj 13, 2005

frase do dia, do cartaz de divulgação de tapas, "la mejor película española del año":

la vida es como el pimiento de padrón: a veces pica y a veces no

eu añadiría que as mulheres às vezes agregamos uma salsa agridulce ao prato. en general, cada 28 días, como cantan los mártires del compás.



torsdag, maj 12, 2005


dare mo shiranai Posted by Hello





nadie sabe: enquanto os estudantes da uab manifestavam sua indignação contra o proceso de bologna, eu ia ao cinema. o protesto é mais que válido: praticamente a metade (63, para ser bem exata) dos 140 títulos universitários que existem atualmente devem desaparecer a partir de 2008. entre eles, filologia catalana, história da arte e humanidades. se tudo der certo, e o telefone voltar a funcionar, demà parlarem del tema a radio paca.

hoje a entrevista é com o roberio, dj e produtor do brasil noar, festival de música e cultura brasileira em barcelona, que este ano celebra sua quinta edição. como siempre, mujer con h começa a las siete y algo, cinco horas menos en brasil. com predomínio do portuñol.

feita a propaganda, voltamos com mais informações: parece que volta a ganhar impulso o movimento dos países não alineados. no dia nove, ministros de 84 dos 114 países membros se reuniram em putrajaya, cidade localizada a 30 quilômetros de kuala lumpur (ei, juki, você ainda está por aí ou já curte as férias em bali?), para discutir sobre os avances dos temas da mulher. o movimento dos países não alineados surgiu nos anos 70 e foi responsável pela criação da comissão mac bride. reivindicavam naquele momento uma nova ordem mundial para a informação e a comunicação, projeto que como sabemos morreu na praia, mas pelo menos levantou areia. agora, a questão das diferenças culturais, para as quais o informe mac bride pedia tolerancia, volta travestida com a questão de gênero. é uma pena que não voltem a discutir a comunicação também, que hoy por hoy não tem um foro fora da unesco, e ali está bem maltratada. os dois temas juntos dão pano pra mangas e abacaxis: basta ver os argumentos das mulheres japonesas para os vagões femininos no metro e nos trens, novidade dessa semana em tóquio e já desde alguns anos posta em prática em outras cidades japonesas, como osaka e nagasaki. segundo elas, a culpa por terem que discriminar os homens - ou seria discriminar as mulheres? - é dos meios de comunicação, que estimulam, em programas de tv e nos mangás, a atitude chikan dos machos y de las chavalas.

enquanto isso, outro grupo de alineados e não alineados se juntaram em brasília. a cumbre aspa (américa do sul e países árabes) terminou ontem com uma declaração - a de brasília - de 15 páginas e 12 capítulos, que "establece los principios de ese novedoso acercamiento entre los dos bloques, posiciones conjuntas sobre la actualidad internacional y un extenso programa de cooperación política, cultural, económica, comercial, sobre el sistema financiero internacional, desarrollo sostenible, ciencia y tecnología, sociedad de la información y temas sociales, especialmente hambre y pobreza." ojalá sejamos capazes de nos entender em alguns deles.

nadie sabe é um filme triste que faz sorrir. tókio é o cenário da história, contada pela intepretação central e estupenda de dois meninos e duas meninas, que acabam sendo três e voltam a ser duas. choca por estar baseada em fatos reais sobre o abandono de crianças em um país rico. mas alenta, também: os personagens são humanos, e te fazem sentir igualmente humano. tirando a música final, um pouco vitimista e cafona, é um maravilhoso - e lento, por supuesto - filme japonês. a direção é de hirokazu kore-eda, o mesmo de after life, e garantiu o prêmio de melhor ator em cannes a yûya yagira (1990-), intérprete do protagonista akira.

e já ia deixando pra trás uma das que devem ser das maiores farsas da história da espanha: enric marco, catalão que até ontem presidia a amical mauthausen, assumiu que nunca esteve em um campo de concentração. explico melhor: até ontem ele sustentou uma mentira perfeita: a de que havia sido vítima do nazismo, e por isso presidia a associação que reúne os deportados espanholes da alemanha nazista. foi desmascarada pelo historiador benito bermejo, que achou estranho o fato de ter encontrado registros que comprovam que marco trabalhou na alemanha justamente entre 43 e 45. ou seja, o senhor ainda trabalhou para o nazismo. uma declaração dele sobre o tema: "es muy triste que esa história haya tenido más espacio en los periódicos que el debate del estado de la nación o que el embarazo de la princesa de asturias". vaya.



tirsdag, maj 10, 2005


nova icaria, i guess Posted by Hello





nada como os finais de tarde se prolongando de poquito a poco. o relógio marca las 20h45 e as luzes da rua começam a acender, competindo com a claridade do por do sol, apesar das nuvens. sim, eu penso com alegria no verão, quando essa cena se repete por alguns dias aí pelas 22h. e sem nuvens.



mandag, maj 09, 2005

segunda-feira com cara de lunes. um dia branco casi frio, casi casi. as segundas são dias de movimento restrito: da bici ao trem, do trem ao trabalho um, daí ao trabalho dois, com escala num bocata de tortilla ou numa pizza roquefort com salada, dependendo do dia, e daí para o trem de novo e já serão mais de 6 quando pego a bici de novo e baixo pra casa. hoje terei uma parada com a tati antes e daí pego a bici de novo e baixo de vez para casa. o artigo ficou pendente, outra vez, e eu até tentei. mas hoje é lunes, segunda-feira, um dia que não rende, definitivamente.



fredag, maj 06, 2005

o sotaque era de minas, mas um deles certamente é de goiânia. quando o trem chegou a valldoreix começou a lembrar do lago das rosas, onde ia sempre com "a véinha".

- a gente tomava poncho, sabe aquela bebida de frutas? e ficava ali passeando, namorando no lago que tem aquelas bicicletas que andam na água, sabe?

a volta para o brasil está prevista para daqui a dois anos e meio, final de 2007 pelas contas dos dois. os filhos vão à escola, eles trabalham na construção civil, fazem "casas quadradas, casas de espanhol". as mulheres também trabalham, coisa que pelo menos uma delas não fazia no brasil.

- eu dava tudo pra ela: tinha um carro, um carrão, e cada semana voltava pra casa com ele cheio de compras do super. ela não tinah do que reclamar. mas queria que a véia fosse morar com a gente. eu disse: se você quer morar com a tua mãe, vai. eu te levo. e ela disse: eu vou a pé. eu disse tá, melhor pra mim, assim não tenho gasto. e foi. dois dias depois queria voltar. aí eu disse não, né? fica aí, vocês não queriam morar juntas? agora fica aí até enjoar da tua mãe. e ela ficou sete meses. e eu não dava um tostão.

não se esclareceu como ela voltou, afinal, e nem como vieram parar aqui. era conversa de trem, dessas que tomam rumo conforme a paisagem. mas o tema "mulher" continuou no centro do diálogo:

- é, mulher é assim, tem que ser forte. a minha tem personalidade, mas sou eu quem decido sempre. se ela quer comprar uma roupa, eu deixo. mas nem sempre, né? não pode soltar a rédea, não. tem ir no meu freio.

hoje eu e eva entrevistaremos uma lésbica feminista. o tema será o casamento gay, aprovado pela parlament na semana passada. elas são contra o casamento, mas acreditam que a lei pelo menos garante igualdade de direitos entre heteros e homossexuais e que por isso está bem. mas também argumentam o que os dois brasileiros já deixaram claro: que o casamento é uma instituição de controle. o lado "forte" da relação domina o "fraco". sim, eu sou casada, não sou lesbiana e não mando no jorge, apesar do segundo dedo do pé mais comprido que os outros. não vejo o "meu" casamento como relação de força, talvez como relação de papéis que acima de tudo foi, digamos, uma escolha imposta: já expliquei como e porque. enfim, como as lesbianas feministas de hoje, que integram a ala mais progre movimento gay - porque eles/as também têm os seus conservadores - só acredito no casamento, com e sem papel, que possa garantir igualdade, nos termos de boaventura de souza santos: temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza e o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. mas vai dizer isso na construção civil, tomada por brasileiros e marroquíes. ou numa comunidade gitana, onde as mulheres têm que casar virgens. é por essas e outras que los conceptos hay que operacionalizarlos.

acabo de aprender uma palavra molt maca: glück. sverte, en castellano com o acento alemão do ralf.



torsdag, maj 05, 2005

"la ciencia moderna razona casi todo con poquísimas ideas, porque resulta que la partícula más elemental y la inmensidad están íntimamente relacionadas en esa misma lógica". com idéias como essa, frank wilczek foi laureado no ano passado com o premio nobel de física. junto com david gross, ele inventou o gluon, de glue (pegamento), partículas que "mantienen, más allá de los quarks, el núcleo del átomo unido". seu trabalho é, segundo ele mesmo, divertido. e rentável: não se dedicou a estudar história porque não ganharia dinheiro com isso.

essa entrevista com ele fechou a aula que tive ontem, sobre cosmopolítica. ambas fazem pensar em que a reconciliação de ciência e política passa, como diz miquel domenech, por questionar a idéia de representação: como nos representamos, como representamos o mundo.

com toda essa "chaqueta mental" puesta, vejo fotos da etiópia de novo rellenando jornais e fazendo ver a miséria humana na sua forma mais inimiganiável. porque assim como não somos capazes de imaginar o universo, como diz o nobel da física, tampouco somos capazes de imaginar a miséria da etiópia. nos choca e era isso. é horrível, pelo menos para mim, pensar que algo deveria ser feito, que não podemos ser como humanos tão cabrones uns com os outros a ponto de deixar que essa história se repita e piore, ao que parece, a cada segundo, a cada momento desse tempo que não é recortado, mas um contínuo. deixar o tempo fluir, então, com essas situações que nos provocam ojeriza (ojo: a ojeriza é provocada pelo olhar), é assumir que somos dos piores seres que habitamos a terra. não digo isso desde uma perspectiva positivista ou maniqueísta. não é questão de sermos bons ou maus, já que somos. mas pensar que as preoucpações que movem o dinheiro do mundo são gluons e outras micropartículas para viajar no tempo enquanto tem gente que aqui sobrevive em outro planeta soaria raro a um et. ou será que é aí que está a saída?



onsdag, maj 04, 2005


euromayday 1: santa precaria de barcelona
chegando de barco à catedral  Posted by Hello






euromayday 2: "me muero por ser teleoperadora"  Posted by Hello





um dos 4 trabalhos que tenho atualmente deveria prever, entre outras coisas, uma formação em biblioteconomia. como mínimo, deveria prever essa vocação, que desde luego, no tengo. ou melhor: incorporaria, caso me pagassem por isso. como não é o caso, faço como todos: cuando me da la gana.



tirsdag, maj 03, 2005

espero com muita fome que se baixe ali no estúdio a gravação feita há pouco no cccb. habrá cosas inaudibles, por cierto, mas o que conta foi ter estado e aprendido que no canadá a luta pela terra só se diferencia de outras guerras parecidas em todo o mundo (brasil e palestina incluídos, na devida proporção) porque ali o povo "pega" a polícia militar sem que as pesadas armas que os soldados carregam sejam disparadas. o pau come, sim, e aí já começa a ficar tudo igual: os índigenas do país, reunidos em mais de 450 reservas que preservam em torno de 60 línguas, têm hoje 15 vezes menos terras que hace 20 anos. os meios tradicionais daí tampouco cobrem os conflitos gerados pela posse de terras, mas tem gente que cumpre esse papel rodando o mundo com pelis embaixo do braço: uma delas é alanis obomsawin, índigena documentalista beirando seus 60 anos e ainda na ativa ao lado de muitos jovens que praticam a democratização do acesso aos meios como ativismo; outra diferença, relatada pela platéia: os canadenses se envergonham desse conflito, e fazem o que podem, usando essas pelis ativistas, por exemplo, para se entender. hay matar a fome antes que a fome nos mate.





antony foi a madrid com seus the johnsons. não passou por barcelona ainda, mas a revista .h fez uma bela entrevistinha com ele. por telefone desde nova york ele contou que a perspectiva de gênero faz parte da sua intenção nas canções. para ele, é aí que estão os limites para discutir a sociedade atual.



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