"la ciencia moderna razona casi todo con poquísimas ideas, porque resulta que la partícula más elemental y la inmensidad están íntimamente relacionadas en esa misma lógica". com idéias como essa, frank wilczek foi laureado no ano passado com o premio nobel de física. junto com david gross, ele inventou o gluon, de glue (pegamento), partículas que "mantienen, más allá de los quarks, el núcleo del átomo unido". seu trabalho é, segundo ele mesmo, divertido. e rentável: não se dedicou a estudar história porque não ganharia dinheiro com isso.
essa entrevista com ele fechou a aula que tive ontem, sobre cosmopolítica. ambas fazem pensar em que a reconciliação de ciência e política passa, como diz miquel domenech, por questionar a idéia de representação: como nos representamos, como representamos o mundo.
com toda essa "chaqueta mental" puesta, vejo fotos da etiópia de novo rellenando jornais e fazendo ver a miséria humana na sua forma mais inimiganiável. porque assim como não somos capazes de imaginar o universo, como diz o nobel da física, tampouco somos capazes de imaginar a miséria da etiópia. nos choca e era isso. é horrível, pelo menos para mim, pensar que algo deveria ser feito, que não podemos ser como humanos tão cabrones uns com os outros a ponto de deixar que essa história se repita e piore, ao que parece, a cada segundo, a cada momento desse tempo que não é recortado, mas um contínuo. deixar o tempo fluir, então, com essas situações que nos provocam ojeriza (ojo: a ojeriza é provocada pelo olhar), é assumir que somos dos piores seres que habitamos a terra. não digo isso desde uma perspectiva positivista ou maniqueísta. não é questão de sermos bons ou maus, já que somos. mas pensar que as preoucpações que movem o dinheiro do mundo são gluons e outras micropartículas para viajar no tempo enquanto tem gente que aqui sobrevive em outro planeta soaria raro a um et. ou será que é aí que está a saída?