aqui fui aprender que argentinos não são confiáveis. coisa que às vezes descamba pra um preconceito que beira o racismo, e que não é novidade pra quem passou muitas férias nas praias do sul do brasil. mas, enfim. foi só aqui que percebi o pedante que podem ser os argentinos, o quão cheios truques de linguagem. pero, y siempre hay un pero, cortázar e borges são dos melhores, e piazzola mata a pau. e são o que são porque são argentinos.
fantomas contra los vampiros multinacionales é das piadas mais séiras que já li. em uma banca de bruxelas, onde acabava de participar do tribunal russel II, que condenou, entre outros, o governo dos generais brasileiros, fox e nixon - e aí está o mote da piada -, o narrador compra um cómic mexicano numa banca onde, curiosamente, só há jornais e revistas do méxico. fantomas, o herói dos quadrinhos, se revela un fantoche que nunca salva o mundo, apesar da ajuda dos intelectuais. susan sontag, carlos fuentes, octávio paz, e por supuesto cortázar, interagem entre si e com o mascarado branco. ilustrado, claro, também conta algumas tirinhas (malas, vamos) do krater estúdio (?).
não era piazzola nem adriana varela, mas os tíos do bajo fondo fizeram um show bem honesto. curtinho, bailável e com todo aquele ar argentinesco. jorge fez uma crítica completa.
ainda não consegui llenar mis tardes sem aulas. mas a vagabundagem tá tão boa...descubro caminhos para voltar do mercadona, que ainda por cima tem biblioteca. passei uma hora hoje lendo barcelonight, cómic de ujma francesa apaixonada por barcelona. a história é uma aulinha sobra a transformação que passou a cidade com as olímpiadas. e é curioso ver como a história se repete agora com o parqiue de diversões das culturas. marcuse, o filho, dizia hoje no la vanguardia que há duas cidades que são referentes urbanísticos para o mundo: curitiba e barcelona. não sei se acredito, mesmo sendo ele um esperto no assunto.