takeshi kitano é um dos meus heróis no cinema. tenho bem menos heróis que o jorge, que fez essa homenagem a vários deles - e o takeshi se encaixa nos dois casos: meu e do jorge.
segunda, quatro e meia da tarde, sala redenção. o mar mais silencioso daquele verão. na segunda fita, o som falhou. ficou chiado até o início da terceira fita. meia hora de música e diálogos inaudíveis. é, tudo em japonês - e descobri que poucas coisas podem ser piores do que ouvir japonês mal falado. sem contar o desconforto da cadeira e o tamanho da tela, um pouco maior que a tevê lá da casa. com tudo isso, saí do cinema feliz por ter assistido um filme tão triste. triste como só takeshi consegue ser. triste de tão lindo.
+ kitano começou como ator, é artista plástico e faz uma ponta em olhares de tókio, um dos meus filmes preferido. disponível em vídeo.
++ em dolls , que concorreu ao leão de ouro em veneza esse ano e deve demorar para estrear por aqui, dizem que kitano atualiza o teatro tradicional japonês. com base na sincronia perfeita entre música, narrativa e movimento, uma característica do bunraku, ele conta três histórias trágicas de amor impossível no japão de hoje:
Agli amanti delle 'catalogazioni' facili, che vedono la filmografia di Kitano divisa tra i film più esplicitamente d'azione, sovraccarichi di sparatorie e morti violente, come Brother e Sonatine, e quelli più intimisti e sentimentali, quali L'estate di Kikujiro e Il silenzio sul mare, Dolls sembrerà certo più vicino al secondo gruppo: lento, ritmato, in particolare nella storia di Matsumoto e Sawako - centro e motore dell'opera - il film è anche un capolavoro di delicatezza e poesia. Non si può ignorare tuttavia il senso profondo del film, percorso dall'inizio fino alla splendida immagine finale da un sottile e fatale senso di morte. Una morte ancor più violenta di quella esplicita e spettacolare di Brother perché, silenziosa, aleggia sopra i personaggi, arrivando inattesa e colpendoli alle spalle per lasciarli a terra.