[[[[[silencio: pandora´s box is open]]]] : se você é do tipo que não gosta de discutir um filme depois de sair do cinema, esqueça mulholland drive. agora, se você não tem nada contra exercícios livres de semiótica, psicanálise ou o que os (a) críticos chamam de papo cabeça, bem...veja mais de uma vez. david lynch se supera.
:: uma certeza, que não estraga nenhuma cena: você vai sentir medo, muito medo. um medo que é aparentemente inexplicável. despite a few night scenes, this is one of those odd noirs in which terror lives in broad daylight, já disseram bill wyman, max garrone e andy klein na salon quando mulholland dr. foi lançado nos eua, em outubro de 2001. de tudo o que já se falou sobre o filme, aliás, esse texto contém o que vale a pena. dali, me atrevo a tirar mais uma afirmação, especialmente pra quem, ao contrário do jorge, não se conforma com o delicioso e proposital nonsense de lynch: it is a deeply felt contention of his that not everything makes sense. less charitably, you can say it's a loose end from the tv series that never got made. ::: como se sabe, mulholland drive era pra ser a twin peaks do século 21. a abc recusou as primeiras cenas e, sorte nossa, a quase-série virou cinema-memória, produzido pela studio chanel, um dos braços do canal + (o que, de certa forma, também supreende).
+ leia também a entrevista com david lynch na bravo de maio, que só está nas bancas, e acesse o site do filme.