falar em memória e em traduções, não poderia deixar de lembrar cortázar, até como um pretexto para publicar aqui a capa desse livro que eu vou carregar para uma volta ao mundo. para o cronópio mestre, que apesar de tudo viveu durante um bom tempo
como tradutor free-lance, uma tradução é praticamente um ato de blasfemia. a memoria, bien, la memoria nos teje y atrapa a la vez conarregio a un esquema del que no se participa lúcidamente; jamás deberíamos hablar de nuestra memoria, porque si algo tiene es que no es nuestra; trabaja por su cuenta, nos ayuda engañándonos o quizá nos engaña para ayudarnos
+ o livro é uma espécie de revisão-autobiográfica, comentada e maravillosamente ilustrada. fica-se sabendo, por ejemplo, que o gato de cortázar era o teodoro w. adorno. ele também mantinha um obispo numa gaiola, seja lá o que é isso, e que escrevia poesia na adolescência. indispensável, na minha modesta opinião. tanto que não fui capaz de devolver. sim, o livro me foi emprestado por um ex-amigo do meu primo postiço. melhor não citar nomes para não comprometer ninguém, mas, até hoje me perguntop: como pode alguém ter sido tão descuidado com uma relíquia dessas?.